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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ruinas do Forte São Felipe construído no século XVI junto com o Forte São João para proteger a entrada para a Vila de São Vicente (Santos). Hoje o local está em abandono pelas autoridades tendo o acesso livres para visitação e ficando vulnerável a depedrações, é triste ver a nossa história sendo deteriorada e não ser feito nada para impedir.
Fonte: Fotografia tirada em passeio aula prática com a 7ª 1 do Colégio Domingos de Souza do Guarujá-SP em Agosto de 2010.
Azulelos português do século XVI que foram encontrados na restauração da Fortaleza da Barra no Guarujá e ao fundo parede em Sambaquis, materiais a amostra para visitação.
Fonte: Fotografia que foi tirada em passeio (visita) na Fortaleza da Barra com a 8ª 7 do Colégio Domingos de Souza em Agosto de 2010.
Um dos primeiros Fortes construido no Brasil, a Fortaleza da Barra é um monumento histórico de grande valia para nossa região. O acesso se dá pelo bairro Santa Cruz dos Navegantes (Pouca Farinha), e está aberto ao público. Quem tiver o previlégio de visitar ficará vislumbrado com tanta história que o local nos apresenta.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Gastronomia do Guarujá


Pensar em praia é o mesmo que pensar em momentos agradáveis ao som das ondas à beira mar. Para acompanhar esse clima de descanso nada melhor que os diversos tipos de frutos do mar típicos de cada  região do país.


Quer uma boa pedida gastronômica? Todo esse ambiente convidativo pode ser encontrado em um só lugar: Guarujá.

A cidade litorânea conhecida como “Pérola do Atlântico” é também referência por sua diversificada gastronomia, pois oferece desde um bistrô mais intimista até restaurantes especializados, passando pela culinária ocidental e oriental ao tradicional Camarão na Moranga.



Casquinha de Siri


 
Tradicional Peixe Scarpa, que foi criado pelo dono do restaurante há 45 anos em homenagem ao playboy brasileiro Chiquinho Scarpa. O prato, que leva fillet de pescada cambucu com alcaparras na manteiga e batata sauté.


Chalés na Av. Tiago Ferreira, Sub-Prefeitura de Vicente de Carvalho


Sambaqui Mar Casado Guarujá

Sambaqui, concheiro e casqueiro.Acreditamos que parte da cultura material do Homem do Litoral foi incorporada pelos indígenas, povos que os sucederam posteriormente.
Morros e colinas artificiais de conchas resultantes das atividades do homem pré-histórico são encontrados na zona costeira de todo mundo e no interior se encontram na beira de lagos e rios, montes de conchas de moluscos de água doce.
Os pioneiros no estudo desses Sítios Arqueológicos foram dinamarqueses que deram início as investigações científicas na segunda metade do século XIX, batizando-os de Køkkenmodding e a principio interpretados como resíduos da cozinha dos povos nômades, caçadores-coletores.
Shell mound dos americanos, shell midden dos australianos, Concheiro em Portugal e Sambaqui no Brasil, nomes diferentes para as mesmas construções erguidas nas bordas continentais fronteiriça ao mar.
Centenas de Sambaquis que sobreviveram a destruição se espalham pelos litorais do Brasil com uma significativa concentração em Cananéia/SP e Santa Catarina, as vezes parte ou totalmente dentro d’água. Embora as condições climáticas litorâneas não favoreçam a preservação de materiais, os estudos têm comprovado que esses homens eram pescadores habilidosos e faziam uso de canoas, do arco e flecha, de cestas e outros objetos que apodrecem com facilidade e que seguramente eram peças importantes na rotina do Homem do Sambaqui.
Tráfico de escravos no Guarujá
No século XIX a Ilha de Santo Amaro (Guarujá-SP) tornou-se entreposto de escravos e navios negreiros que atracavam assiduamente na Praia da Enseada, mesmo depois da proibição por lei para tal tráfico. Antes de atracar estes navios seguiam até praia do Tombo, próxima a Ilha da Moela e descartavam os escravos sem serventias. Os negros, já debilitados com a viajem, eram lançados ao mar e obrigados a nadar até a praia deserta; os africanos tinham a promessa de que estariam livres ao tocar em terra seca. Daí vem à lenda sobre as ondas bravias desta praia; é a revolta do Orixá Iemanjá pela impunidade daquelas mortes.



Os navios negreiros (ou ''tumbeiros'') arrastaram mais de 11 milhões de africanos para a América. As embarcações evoluíram de caravelas aos barcos a vapor, entretanto as condições de transportes e tratamento permaneceram as mesmas. Com a fiscalização da Inglaterra, autorizada por acordos internacionais, os tumbeiros passaram a ser menores e mais rápidos para não serem interceptados pela marinha inglesa. Como os Estados Unidos não autorizava essas vistorias, negreiros de várias nações hasteavam a bandeira americana para confundir os ingleses. Europeus, americanos e até negros se metiam no ''infame comércio''.

No princípio os negros traficados eram selecionados e a preferência eram os homens de 8 a 25 anos mas nos últimos anos, antes da abolição, tudo quanto se podia trazer fora trazido. Entravam nos navios os filhos vendidos pelos pais, o manco, o cego, o surdo, príncipes, chefes religiosos, mulheres com bebês ou grávidas. Os porões dos tumbeiros eram divididos em três pequenos andares com altura de menos de meio metro; acorrentados pelos pés, mais de 500 escravos se espremiam deitados ou sentados.


Segundo depoimentos de acusados e testemunho de ex-escravos colhidos pelo Reino Inglês:

Os tumbeiros tinham cerca de 20 tripulantes e apenas as crianças negras podiam circular livremente pelo convés, entretanto os pequeninos pulavam em alto mar porque acreditavam que seriam devorados; entre as fezes e temperaturas de até 55ºC, os africanos comiam apenas milho e bebiam meio litro de água por dia; grupos de escravos adultos eram levados para o convés e os obrigavam a fazer exercícios físicos para fortalecerem a musculatura durante a viagem, sob a ameaça da chibata, os negros tinham de dançar e cantar.


A área da praia e sítio Perequê até o rio Bertioga pertencia a Valêncio Augusto Teixeira Leomil que, entre outros negócios, contrabandeava escravos. Teixeira Leomil chegou a ser processado e condenado pelo crime de tráfico de negros escravos, porém ele fugiu do Brasil por alguns anos até a prescrição da sentença. Quando Teixeira Leomil retornou pediu à Câmara de Santos, em 1890, a concessão por 70 anos para instalar uma linha férrea no estuário de Santos até o Guarujá e à praia do Perequê. Poucos meses depois de obter a concessão, já a venderia à Companhia Balneária da Ilha de Santo Amaro, da qual seria Diretor Fiscal. Em nome desta Companhia, Leomil obteve duas grandes áreas de marinha para utilização e instalações da nova empresa. O velho Leomil viveu consideravelmente bem e só morreu em 1900, aos 82 anos de idade, sem pagar pelos crimes cometidos contra os negros sequestrados e mortos.
A capela conhecida, como capela dos escravos existente no Perequê era dedicada em louvor a São Pedro, e que para nossa tristeza foi destruida a marretada.

Fontes de Pesquisa: http://www.aeaguaruja.org.


A Primeira Capela da Povoação

Jorge Ferreira, um dos primeiros povoadores da região chegou com Martim Afonso de Souza, casou-se com Joana Ramalho, neta do cacique Tibiriçá. Jorge Ferreira cavaleiro fidalgo obteve a doação de terras na ilha de Guaíbe, hoje Santo Amaro e, além disso, ocupou cargos importantes, entre eles, o de capitão-mor e ouvidor da Capitania de Santo Amaro e, por duas vezes o de capitão-mor da Capitania de São Vicente.
Na ilha de Guaíbe, Jorge Ferreira estabeleceu uma povoação onde o genovês José Adorno e sua mulher Catarina Monteiro fundaram uma capela dedicada a Santo Amaro de quem eram devotos e a doaram ao povo.
Infelizmente o povoado não prosperou e dele não restou vestígio. A capela, a qual deduz-se ser localizada pouco atrás da Fortaleza da Barra Grande ruiu e as alfaias foram entregues a Cristóvão Diniz, almoxarife em 24 de setembro de 1576.
A donatária doada a Pero Lopes de Sousa (irmão de Martim Afonso), por causa da capela passou a se chamar Capitania de Santo Amaro, Assim se a primeira capela pouca influência teve quanto à religião, muita importância exerceu na nomenclatura, pois em conseqüência, a ilha onde se situa o município de Guarujá tem o nome de Ilha de Santo Amaro.
O Cristianismo chegou ao Brasil já no descobrimento e lançou profundas raízes na sociedade. O Cristianismo tem sido a principal religião do Brasil, predominando a Igreja Católica Romana. 
O catolicismo no Brasil foi trazido por missionários que acompanharam os exploradores e colonizadores portugueses nas terras do Brasil. O catolicismo possui grande presença social, política e na cultura do Brasil.
Com a construção da Capela de Santo Amaro em 1544, o local passou a ser ocupado, também, pelos jesuítas, encarregados da catequização dos índios. A partir dai, começaram a ser construídas as fortalezas, para a defesa do litoral e conseqüentemente, começaram a chegar os primeiros habitantes.  Em função destas condições, a Ilha teve poucas atividades econômicas. Havia a extração do óleo de baleia, a pesca e alguns engenhos de cana-de-açúcar, Engenho de Nossa Senhora da Apresentação de Manoel Oliveira Gago, com sua capela em louvor a Nossa Senhora, o Engenho Santo Antônio de Manoel Fernandes com sua capela em louvor a Santo Antonio e o Engenho de Bartolomeu Antunes. Por estarem em áreas particulares as referidas capelas foram demolidas quando de sua venda.
 Os jesuítas mantiveram núcleos de catequese na região, um na atual Barra Funda e outro no sitio dos Macacos. Eram direcionados à defesa e educação de indígenas Tapanhunos, Miramonis e Guaianazes e segundo Francisco Martins dos Santos ainda existiam ruínas em 1930 (VAZ, Angela 2010 p.26).
Segundo a edição especial do jornal A Tribuna de 26 de janeiro 1939, edição esta comemorativa da elevação de Santos à categoria de cidade, Frei Gaspar disse que Adorno fundou na ilha de Guaíbe a Igreja de Santo Amaro, que doou ao povo. Diz agora Carvalho Franco que ele fundou a Igreja de Santo Antonio de Guaíbe, na mesma ilha. Teria ele fundado as duas?