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quarta-feira, 1 de junho de 2011

A Primeira Capela da Povoação

Jorge Ferreira, um dos primeiros povoadores da região chegou com Martim Afonso de Souza, casou-se com Joana Ramalho, neta do cacique Tibiriçá. Jorge Ferreira cavaleiro fidalgo obteve a doação de terras na ilha de Guaíbe, hoje Santo Amaro e, além disso, ocupou cargos importantes, entre eles, o de capitão-mor e ouvidor da Capitania de Santo Amaro e, por duas vezes o de capitão-mor da Capitania de São Vicente.
Na ilha de Guaíbe, Jorge Ferreira estabeleceu uma povoação onde o genovês José Adorno e sua mulher Catarina Monteiro fundaram uma capela dedicada a Santo Amaro de quem eram devotos e a doaram ao povo.
Infelizmente o povoado não prosperou e dele não restou vestígio. A capela, a qual deduz-se ser localizada pouco atrás da Fortaleza da Barra Grande ruiu e as alfaias foram entregues a Cristóvão Diniz, almoxarife em 24 de setembro de 1576.
A donatária doada a Pero Lopes de Sousa (irmão de Martim Afonso), por causa da capela passou a se chamar Capitania de Santo Amaro, Assim se a primeira capela pouca influência teve quanto à religião, muita importância exerceu na nomenclatura, pois em conseqüência, a ilha onde se situa o município de Guarujá tem o nome de Ilha de Santo Amaro.
O Cristianismo chegou ao Brasil já no descobrimento e lançou profundas raízes na sociedade. O Cristianismo tem sido a principal religião do Brasil, predominando a Igreja Católica Romana. 
O catolicismo no Brasil foi trazido por missionários que acompanharam os exploradores e colonizadores portugueses nas terras do Brasil. O catolicismo possui grande presença social, política e na cultura do Brasil.
Com a construção da Capela de Santo Amaro em 1544, o local passou a ser ocupado, também, pelos jesuítas, encarregados da catequização dos índios. A partir dai, começaram a ser construídas as fortalezas, para a defesa do litoral e conseqüentemente, começaram a chegar os primeiros habitantes.  Em função destas condições, a Ilha teve poucas atividades econômicas. Havia a extração do óleo de baleia, a pesca e alguns engenhos de cana-de-açúcar, Engenho de Nossa Senhora da Apresentação de Manoel Oliveira Gago, com sua capela em louvor a Nossa Senhora, o Engenho Santo Antônio de Manoel Fernandes com sua capela em louvor a Santo Antonio e o Engenho de Bartolomeu Antunes. Por estarem em áreas particulares as referidas capelas foram demolidas quando de sua venda.
 Os jesuítas mantiveram núcleos de catequese na região, um na atual Barra Funda e outro no sitio dos Macacos. Eram direcionados à defesa e educação de indígenas Tapanhunos, Miramonis e Guaianazes e segundo Francisco Martins dos Santos ainda existiam ruínas em 1930 (VAZ, Angela 2010 p.26).
Segundo a edição especial do jornal A Tribuna de 26 de janeiro 1939, edição esta comemorativa da elevação de Santos à categoria de cidade, Frei Gaspar disse que Adorno fundou na ilha de Guaíbe a Igreja de Santo Amaro, que doou ao povo. Diz agora Carvalho Franco que ele fundou a Igreja de Santo Antonio de Guaíbe, na mesma ilha. Teria ele fundado as duas?




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